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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

6 curiosidades sobre o isopor

Lydia Cintra 31 de outubro de 2011
Prazer, EPS
O nome como o conhecemos é o que caiu no “popular”. Na verdade, isopor é a marca registrada da Knauf Isopor Ltda, empresa que fabrica o poliestireno expandido (ou EPS, na sigla em inglês), descoberto na Alemanha em 1949.
Feito de quê?
O isopor é um tipo de plástico fabricado a partir do estireno, derivado do petróleo. O material passa pelo processo de polimerização, formando o poliestireno, composto por carbono e hidrogênio. Ele é expandido (mais de 95% de ar) e por isso pode se transformar em produtos com vários formatos.
Aplicações
O isopor é usado em diversos setores da indústria. Os mais vistos pelos consumidores são as embalagens, caixas térmicas e proteção para aparelhos e máquinas como televisão e geladeira, e produtos frágeis como remédios. Mas também é usado na construção civil, por ser bom isolante térmico e resistente a determinadas condições. Entra, por exemplo, na preparação de concreto leve lajes, telhas, forros e câmeras frigoríficas.
Reciclagem
O isopor é reciclável. Para isso, deve estar limpo e separado de partes metálicas, de papel ou adesivos. No processo, é triturado e reduzido mecanicamente para formar pérolas (pequenas bolinhas). Após o aquecimento dos flocos em sistemas de extrusão, o ar é liberado e eles são fundidos. A máscara viscosa que é formada dá origem a objetos como clipes de papel, interruptores, caixas e materiais de escritório. A Abiquim (Associação Brasileira da Indústria Química) disponibiliza um vídeo que mostra o passo a passo do processo de fabricação e reciclagem.

Pérolas de EPS (Foto: Senai)
A questão do descarte
O processo de coleta e reciclagem do material não é tão simples. Como é leve, porém muito volumoso, o transporte acaba sendo caro. Para que seja viável, as quantidades devem ser muito grandes e muitas cooperativas não estão preparadas – por isso, muitas nem se interessam pelo material.
O isopor descartado de forma incorreta acarreta uma série de prejuízos à natureza: ocupa muito espaço nos aterros e lixões, que estão saturados e poderiam ser destinados a outros resíduos. Por ter a decomposição muito lenta e ser impermeável, prejudica o solo e impede a penetração de água. Quando cai em rios e mares, além de poluir, podem confundir os animais (que pensam que é comida).
O que fazer?
O isopor é um bom aliado em muitos produtos. Hoje em dia, no entanto, é usado em muitas situações em que é possível evitá-lo. Para fazer a sua parte, prefira embalagens de supermercados para produtos como ovos e carne que não sejam de isopor. O mesmo vale para bandejas de frios e legumes. Quando comprar um produto, procure deixar a proteção de isopor na própria loja ou então faça o descarte na parte de “plástico” das lixeiras de coleta seletiva.

Fonte: http://super.abril.com.br/blogs/ideias-verdes/6-curiosidades-sobre-o-isopor/

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Jornal Ambientebrasil

Edição N° 3906 - 12/10/2011
Circulação Nacional Gratuita  

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Jornal Diário

 

Câmara propõe que Rio+20 seja marco mundial de desenvolvimento sustentável com responsabilidade social

O objetivo é que os representantes dos cerca de 100 países que participarão dos debates assumam compromissos formais de estímulo à economia com garantias à preservação ambiental e da qualidade da água e do ar somados ao equilíbrio social.

 

Seca amazônica gerou emissão recorde com CO2 que superou a Índia

A partir de imagens de satélite indicando o quão verde estava a floresta, combinadas com simulações computacionais do ciclo do carbono, Christopher Potter, pesquisador do Centro de Pesquisa Ames, da Nasa, apresentou um cenário preocupante para o ecossistema da região.

 

Cientistas da Argentina rastreiam últimos exemplares de onça-pintada

Animais correm risco de extinção no país devido à caça predatória. Estima-se que restam 50 onças no lado argentino das Cataratas do Iguaçu.

 

Baleia encalhada é removida de praia em Vila Velha/ES

Animal foi retirado pela prefeitura na tarde desta segunda-feira (10). Foram removidas 15 toneladas de carne estragada.

 

Indonésia liberta 600 tartarugas e tenta coibir tráfico de animais

Animais foram libertados no rio Bupul, após repatriação feita pela China. Espécie é considerada ameaçada de extinção no país.

 

Preguiça é encontrada em terminal de ônibus, no Grande Recife/PE

Funcionários de uma empresa de empresa de ônibus encontraram o animal. Ele teria caído de uma árvore na noite de segunda-feira (10).

 

Número de pessoas com tuberculose recua pela 1ª vez na história, diz OMS

Ao todo, 8,8 milhões ficaram doentes no ano passado. Número de mortes pela doença caiu 40% entre 1990 e 2010.

 

Ministro diz que vazamento é pior desastre marítimo da Nova Zelândia

Navio liberiano encalhou na Ilha do Norte e está soltando petróleo no mar. Durante a noite, derramamento piorou e pode passar de 300 toneladas.

 

Empresa suspende projeto de porto no Encontro das Águas, no AM

Terminal portuário seria construído em área considerada patrimônio natural. Justiça reverteu decisão que anulava processo de tombamento do local.

 

Risco de erupção vulcânica retira moradores de vila em ilha espanhola

Moradores de La Restinga, na ilha El Hierro, nas Canárias, deixaram casas. Medida é preventiva, segundo as autoridades locais.

 

Tecnologia da UFMG reduz casos de dengue em Minas Gerais

Casos da doença nos 20 municípios que usam o sistema criado pela instituição caíram pela metade em relação às outras cidades.

 

Ministério do Meio Ambiente lança nesta quarta-feira campanha de coleta de lixo eletrônico

Até o próximo dia 26, as populações de Brasília, Belo Horizonte, São Paulo e do Rio de Janeiro poderão descartar de forma correta o lixo eletrônico, como celulares e computadores obsoletos e estragados.

 

Governo anuncia aumento de 20% em recursos para combate à dengue

Ministério aplicará mais R$ 90 milhões além dos R$ 450 milhões previstos. Conforme governo, houve redução de 24% nos casos de dengue neste ano.

 

Operação flagra crime ambiental e fecha carvoaria em área de proteção no Rio

A carvoaria queimava árvores de manguezais da Baía de Guanabara. Também foram autuadas 30 empresas de reciclagem de lixo que jogavam os resíduos no mar.

 

Paraná confirma segundo caso de dengue tipo 4

A Secretaria de Saúde investiga ainda outro caso de dengue tipo 4, que está em fase de exame laboratorial.

 

STJ cassa liminar que garantia permanência de índios em área nobre de Brasília

As etnias Fulni-o Tapuya, Kariri-Xocó, Korubo, Guajajara, Pankararu e Tuxá já estavam na área quando o bairro começou a ser planejado e argumentam que a região é considerada um “santuário de pajés”.

 

Poluição endurece as artérias, afirma estudo feito na Suécia

Problema aumenta risco de ataques do coração. Estudo foi publicado nesta terça-feira (11) em revista especializada em meio ambiente.

 

Ciência analisa se antimatéria é submetida à gravidade

Se for provado que antimatéria reage de forma diferente à matéria com relação à gravidade ocorrerá uma revolução na física.


Você também pode acessar esta edição diretamente através do nosso site:
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sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Mudanças epigenéticas no DNA não duram para sempre

06/10/2011

Redação do Diário da Saúde

Mudanças epigenéticas no DNA não duram para sempre

Quando Darwin publicou seu livro sobre a evolução, A Origem das Espécies, a teoria de Lamarck da transformação foi para o monte de cinzas da história, onde ficou injustiçada por quase 150 anos. [Imagem: MPG]

Era do DNA

O primeiro inventário abrangente das mudanças epigenéticas ao longo de várias gerações sugere que estas alterações muitas vezes não duram e, portanto, podem ter efeitos limitados sobre a evolução a longo prazo.

Jean-Baptiste Lamarck teria ficado encantado: os geneticistas não mais descartam sua teoria de que as características adquiridas por um indivíduo - como hábitos alimentares, a educação e até os sentimentos - podem ser transmitidas à descendência.

Quando Darwin publicou seu livro sobre a evolução, A Origem das Espécies, a teoria de Lamarck da transformação foi para o monte de cinzas da história, onde ficou injustiçada por quase 150 anos.

Entramos então na era do DNA, onde as moléculas determinam tudo, das doenças ao seu jeito de ser, como se o ser humano fosse uma derivação do seu corpo.

Mas, na última década, os cientistas reconheceram que o ambiente pode deixar vestígios nos genomas dos animais e das plantas, na forma das chamadas modificações epigenéticas.

Hoje já se sabe que a herança não-genética pode ser mais frequente que a herança pelo DNA, já se conhecem os mecanismos de transmissão da informação epigenética e já se documentou até mesmo que a memória epigenética pode ser herdada sem alterar o DNA.

Importância da epigenética

O que torna a epigenética interessante para a saúde humana é o fato de que algumas mudanças epigenéticas podem ser desencadeadas por fatores externos.

Há evidências de que a nutrição, ou a falta dela, ou o vínculo entre as crianças e seus pais podem deixar marcas no genoma que podem ser passadas à geração seguinte.

A estabilidade limitada dessas mutações implica, no entanto, que essas diferenças não necessariamente duram para sempre.

Isto provavelmente é mais uma sábia lição da natureza, porque a fome ou os maus tratos de um pai, por exemplo, não podem ficar marcados para sempre na descendência, o mesmo ocorrendo com a maioria dos demais estímulos ambientais.

Por outro lado, os resultados mostram que, se não duram, as mudanças epigenéticas podem surgir quase espontaneamente, sem mudanças drásticas no ambiente.

Ou seja, a já velha frase de que "tudo está gravado no seu DNA" precisa ser lida com muito cuidado.

Mudanças epigenéticas

Cientistas do Instituto Max Planck de Biologia do Desenvolvimento, na Alemanha, produziram o primeiro inventário completo de mudanças epigenéticas espontâneas.

Usando a Arabidopsis, a plantinha preferida dos geneticistas, os pesquisadores determinaram a frequência e onde no genoma as modificações epigenéticas ocorrem - e quando elas desaparecem novamente, depois que o estímulo ambiental desapareceu.

Eles confirmaram que as mudanças epigenéticas são muitas ordens de magnitude mais frequentes do que as mutações no DNA convencional.

Mas eles também descobriram que, não sempre, mas na maioria das vezes, essas mudanças no genoma induzidas por questões do ambiente são de curta duração.

Dessa forma, concluem eles, quando falamos de evolução das espécies, ao longo de milhões de anos, provavelmente as mutações epigenéticas têm um papel menor em relação às modificações genéticas.

Epimutações

Cada uma das linhagens da planta estudada apresentou cerca de 30.000 epimutações, contra apenas 30 mutações no DNA.

Com 30.000 epimutações após 30 gerações, os geneticistas esperavam que 1.000 epimutações ocorressem em cada geração.

Quando eles compararam diretamente pais e seus descendentes imediatos, contudo, eles ficaram surpresos ao descobrir que a taxa de epimutação foi de 3 a 4 vezes maior.

Ou seja, um pai passa uma quantidade enorme de epimutações para os filhos, mas essas epimutações vão desaparecer ao longo do tempo - é por isso que foram detectadas "só" 30.000 epimutações depois das 30 gerações.

Os cientistas concluíram que muitas epimutações aparentemente não são estáveis, e retornam ao seu estado original depois de algumas gerações, o que invalida cálculos sobre a mutação média ao longo de muitas gerações.

Assim, cada nova epimutação deve gerar uma forte vantagem evolutiva para que ela possa se estabelecer, antes de ser perdida novamente.

FONTE: http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=mudancas-epigeneticas-dna&id=7014